Uma coisa que há de se aprender na vida é isso: fundamentalmente, não deixar que as outras pessoas estraguem as coisas que você gosta de fazer. Essa estranha instituição chamada "os outros", capaz de coisas horrorosas, como ressignificar o valor que você dá à vida.
Na verdade, a vida é ressignificada em quase todos os momentos. Andando na rua, de repente, pisando numa poça de água, pronto. Sua vida já não é mais a mesma.
Só que as conspirações das intempéries têm pouco ou nada a ver com os motivos por que as pessoas simplesmente estragam as pequenas coisas que você gosta. Pense bem: antigamente, nos tempos áureos, não precisava mais que uma caixa de papelão para você ter o melhor dia da sua vida. Hoje, seus curtos momentos de felicidade genuína estão ligados a coisas como falta de trânsito, esvaziamento de filas, sucesso profissional, um encontro casual com o garçom daquele restaurante que parece o Jack Sparrow (o garçom, não o restaurante), promoção da casquinha do Mc Donald's: enfim.
O caminho zen é se lembrar sempre daquela caixa de papelão interior. Não os deixe nunca tomá-la de você.
(fim do momento auto-ajuda)
2 comentários:
meus gatos adoram caixas de papelão. se divertem por horas. e isso me deprime ligeiramente. não só as caixas de papelão perderam a graça, como a "montanha" onde a gente "deslizava" com elas está consideravelmente menos ingreme. praticamente uma reta. a reta da vida, ó vida!
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ai, pedro, você é impossível!!!
Cara, eu descia de caixa de papelão na escada, não tive essa infância brasiliense de ladeiras de grama chinesa. O mais legal sobre as escadas é que a gente invariavelmente se machucava muito. E achava o máximo.
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