como destruir tudo aquilo a que você se dedicou durante toda a sua vida:
1) desaprender espanhol para contar a piada do paraguayo;
2) ler overbook em iglês, quando tiver 90 anos, e achar bom;
3) escrever poemas concretos com catuaba selvagem;
4) fazer um filme pornô com três cavalos e pessoas albinas;
5) finalmente, levar o que ficou conhecido como "o poema do fagner" às telas;
6) beber em muriaé;
7) não ir pra aula porque você está com seus amigos bebendo num interminável copo de plástico uma dose do que você pensa ser vinho, mas na verdade é catuaba selvagem, na frente da sala de aula, cruzando olhares com a professora.
Mostrando postagens com marcador overbook. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador overbook. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
de como overbook levanta minha moral
tava lá eu futicando pela internet, quando de repente dou de cara com... outro blogue da overbook! (vocês que não acompanharam a implicância com ela, cliquem aqui e aqui)
pra variar, TODOS os posts são ela reclamando das pessoas que têm a paciência de ler o que ela escreve. pra variar aquela velha atitude rebelde não-tô-nem-aí-pro-que-as-pessoas-pensam-mas-vou-ficar-perdendo-o-tempo-que-for-pra-dizer-o-quanto-elas-me-ofendem. pois é, cara. você escreve na internet e sai por aí como representante de todos os blogueiros do mundo. você publica quatro livros. você vende os direitos para um jovem cineastra promissor. fazem um filme inspirado em você. a atriz que te interpreta granha o maior prêmio de cinema do país. realmente, que vida dura!
Aqui em casa a moda agora é ficar tentando me convencer a responder emails. Nem que seja para apaziguar a necessidade de atenção do leitor com um "rara, é". Mas eu não consigo. Sabe por quê? Porque eu CANSEI DE ME EXPLICAR. Quer dizer, você vende os direitos do seu livro quando morava de favor na casa de um desconhecido oriental que havia sido transferido e emprestado seu vazio apartamento na época em que você usava McInternet para pegar seus emails (ME ABRAÇA, AMIGA), anos depois sai um filme de uma mulher que não faz UMA PIADA, quer MUITO COMEÇAR A ESCREVER UM LIVRO e APAGA CIGARROS NA PAREDE enquanto sofre e neguinho acha que sou eu. Aí eu tenho que passar meses recebendo emails de gente achando que é A MINHA VIDA E A MINHA HISTÓRIA, aqueles emails escritos com toda a convicção que gente de internet tem de que SABE E CONHECE TUDO A RESPEITO DE TUDO sem ter sequer visto a capa do livro em questão, só lido a resenha no jornal ou em algum BLOG. Aí quando a pessoa está em leve desequilíbrio e começa a responder mensagens de twitter equivocadas e a SE CADASTRAR EM FÓRUNS pra dizer "ESCUTAQUI," meses depois que a coisa toda já cala, o que dizem? Que ela quer ATENÇÃO. Que ela é DIFÍCIL. "ELA É UMA PESSOA DIFÍCIL". Quer dizer.
- vai, filha, seje artista na vida!
pra variar, TODOS os posts são ela reclamando das pessoas que têm a paciência de ler o que ela escreve. pra variar aquela velha atitude rebelde não-tô-nem-aí-pro-que-as-pessoas-pensam-mas-vou-ficar-perdendo-o-tempo-que-for-pra-dizer-o-quanto-elas-me-ofendem. pois é, cara. você escreve na internet e sai por aí como representante de todos os blogueiros do mundo. você publica quatro livros. você vende os direitos para um jovem cineastra promissor. fazem um filme inspirado em você. a atriz que te interpreta granha o maior prêmio de cinema do país. realmente, que vida dura!
Aqui em casa a moda agora é ficar tentando me convencer a responder emails. Nem que seja para apaziguar a necessidade de atenção do leitor com um "rara, é". Mas eu não consigo. Sabe por quê? Porque eu CANSEI DE ME EXPLICAR. Quer dizer, você vende os direitos do seu livro quando morava de favor na casa de um desconhecido oriental que havia sido transferido e emprestado seu vazio apartamento na época em que você usava McInternet para pegar seus emails (ME ABRAÇA, AMIGA), anos depois sai um filme de uma mulher que não faz UMA PIADA, quer MUITO COMEÇAR A ESCREVER UM LIVRO e APAGA CIGARROS NA PAREDE enquanto sofre e neguinho acha que sou eu. Aí eu tenho que passar meses recebendo emails de gente achando que é A MINHA VIDA E A MINHA HISTÓRIA, aqueles emails escritos com toda a convicção que gente de internet tem de que SABE E CONHECE TUDO A RESPEITO DE TUDO sem ter sequer visto a capa do livro em questão, só lido a resenha no jornal ou em algum BLOG. Aí quando a pessoa está em leve desequilíbrio e começa a responder mensagens de twitter equivocadas e a SE CADASTRAR EM FÓRUNS pra dizer "ESCUTAQUI," meses depois que a coisa toda já cala, o que dizem? Que ela quer ATENÇÃO. Que ela é DIFÍCIL. "ELA É UMA PESSOA DIFÍCIL". Quer dizer.
- vai, filha, seje artista na vida!
sábado, 26 de julho de 2008
overbook (ii)
e o assunto ainda não terminou...
"Sexualmente desreprimidos, geração clubber de classe média e favela se misturam, manipulam conteúdos em sites, mistificam a realidade e se dão bem. O título do filme [Nome Próprio, do Murilo Salles, inspirado na vida da blogueira Clarah Averbuck] faz uma espécie de alerta contra um comportamento social que ignora a moralidade construída e aceita pelas sociedades ocidentais, já que a dinâmica social e das novas tecnologias engendraram lógicas mais fortes que a ética"
Por enquanto, nos detemos só neste trecho da crítica de Sérgio Moriconi, publicada no Correio Brasiliense hoje, donde se depreende:
a) que a sociedade ocidental, como um conjunto cultural uno e homogêneo, criou uma sorte de valores morais que devem ser seguidos. Por um acaso do destino, ela também criou a internet - que, por sua vez, chegou para perverter os valores cuidadosamente construidos pela mesma sociedade que a criou. Vale lembrar que o nosso conceito de imoralidade foi tão atenciosamente elaborado nos últimos séculos;
b) geração clubber classe média e favela se misturam. Adoro esse totalitarismo: as pessoas que usam o computador são ou 1) clubber classe média - não os outros classe média, vamos dizer, jornalistas, por exemplo, que preferem a mídia impressa ainda, ou 2) "favela". Enquanto os ricos se dividem em tipos - clubber, jornalista nostálgico - e, quantitativamente, recebem mais adjetivos, os pobres são outra vez referidos somente pelo lugar de onde vêm - favela. E essas são as classes de pessoas que existem.
c) a ética é uma lógica. Desde quando? E o que faz dos pobres blogueiros menos éticos?
d) quem manipula site se dá bem? caramba, eu que não sabia esse tempo todo... eu devo ser ALIENADA...
"Passaram as ideologias, seguem os problemas. Sai o existencialismo sartreano de viés marxista, entra o existencialismo do "eu-mesmo". Mas o mal-estar existencial de Camila [personagem principal do filme] é de outra natureza. Ele não é da orfandade de uma não-coisa. Camila vive num mundo que perdeu um cânone comum, que pulverizou referências, estímulos e, finalmente, identidades. De alguma maneira, Nome Próprio respinga os cacos dos ideias de maio de 68 na circunstância nova da realidade virtual do cyberespaço. Esta realidade, supomos, mais escraviza que liberta. Aparentemente morto e enterrado pelo triunfalismo neoliberal, o velho conceito marxista de ALIENAÇÃO volta mais vivo do que nunca, depois de noivar e casar com os fantasmas da realidade virtual."
Donde se depreende que:
a) os marxistas não tiveram NADA a ver com a abolição do cânone e a reformulação dos limites que aconteceram desde o romantismo até hoje. Em especial nos últimos trinta anos.
b) eu e você, querido leitor, somos vítimas da escravidão do cyberespaço;
c) as pessoas adoram ser escravizadas, por isso estamos aqui;
d) no que toca à última frase, o autor nunca ouviu falar de literatura cyberpunk, nunca viu matrix e assume que qualquer alternativa ao marxismo é, por definição, neoliberal;
CONCLUSÃO:
Sem pudor, sem ética, alienada e órfã, nossa geração não é capaz de nada - como a geração perdida dos anos 80 - segundo os padrões dos nossos pais, que fizeram o favor de quebrar tudo, botar fogo no circo e esquecer a luz acesa. O grande lance é que os anos 70 são e sempre foram a moda e, qual São Paulo Fashion Week, aqueles que agora têm uns quilos a mais, dor nas costas de sentar no computador e assistir seriado americano, recolhidos ao seu mundo interior pela frustração e insegurança causados pelo mundo das supermodelos - e dos superescritores, porque não dizer, que a nossa cara overbook fez tanta questão de pertencer - são pobres culpados pela perda de um paraíso perdido, nostálgico para os próprios críticos que os negaram em sua juventude. Galera, cresce. Só porque vocês não conseguem entender não quer dizer que seja neoliberal triunfalista. Chega de princesa e bandido.
Como diz a Xuxa "vamos brincar de índio, mas sem mocinho pra me pegar".
"Sexualmente desreprimidos, geração clubber de classe média e favela se misturam, manipulam conteúdos em sites, mistificam a realidade e se dão bem. O título do filme [Nome Próprio, do Murilo Salles, inspirado na vida da blogueira Clarah Averbuck] faz uma espécie de alerta contra um comportamento social que ignora a moralidade construída e aceita pelas sociedades ocidentais, já que a dinâmica social e das novas tecnologias engendraram lógicas mais fortes que a ética"
Por enquanto, nos detemos só neste trecho da crítica de Sérgio Moriconi, publicada no Correio Brasiliense hoje, donde se depreende:
a) que a sociedade ocidental, como um conjunto cultural uno e homogêneo, criou uma sorte de valores morais que devem ser seguidos. Por um acaso do destino, ela também criou a internet - que, por sua vez, chegou para perverter os valores cuidadosamente construidos pela mesma sociedade que a criou. Vale lembrar que o nosso conceito de imoralidade foi tão atenciosamente elaborado nos últimos séculos;
b) geração clubber classe média e favela se misturam. Adoro esse totalitarismo: as pessoas que usam o computador são ou 1) clubber classe média - não os outros classe média, vamos dizer, jornalistas, por exemplo, que preferem a mídia impressa ainda, ou 2) "favela". Enquanto os ricos se dividem em tipos - clubber, jornalista nostálgico - e, quantitativamente, recebem mais adjetivos, os pobres são outra vez referidos somente pelo lugar de onde vêm - favela. E essas são as classes de pessoas que existem.
c) a ética é uma lógica. Desde quando? E o que faz dos pobres blogueiros menos éticos?
d) quem manipula site se dá bem? caramba, eu que não sabia esse tempo todo... eu devo ser ALIENADA...
"Passaram as ideologias, seguem os problemas. Sai o existencialismo sartreano de viés marxista, entra o existencialismo do "eu-mesmo". Mas o mal-estar existencial de Camila [personagem principal do filme] é de outra natureza. Ele não é da orfandade de uma não-coisa. Camila vive num mundo que perdeu um cânone comum, que pulverizou referências, estímulos e, finalmente, identidades. De alguma maneira, Nome Próprio respinga os cacos dos ideias de maio de 68 na circunstância nova da realidade virtual do cyberespaço. Esta realidade, supomos, mais escraviza que liberta. Aparentemente morto e enterrado pelo triunfalismo neoliberal, o velho conceito marxista de ALIENAÇÃO volta mais vivo do que nunca, depois de noivar e casar com os fantasmas da realidade virtual."
Donde se depreende que:
a) os marxistas não tiveram NADA a ver com a abolição do cânone e a reformulação dos limites que aconteceram desde o romantismo até hoje. Em especial nos últimos trinta anos.
b) eu e você, querido leitor, somos vítimas da escravidão do cyberespaço;
c) as pessoas adoram ser escravizadas, por isso estamos aqui;
d) no que toca à última frase, o autor nunca ouviu falar de literatura cyberpunk, nunca viu matrix e assume que qualquer alternativa ao marxismo é, por definição, neoliberal;
CONCLUSÃO:
Sem pudor, sem ética, alienada e órfã, nossa geração não é capaz de nada - como a geração perdida dos anos 80 - segundo os padrões dos nossos pais, que fizeram o favor de quebrar tudo, botar fogo no circo e esquecer a luz acesa. O grande lance é que os anos 70 são e sempre foram a moda e, qual São Paulo Fashion Week, aqueles que agora têm uns quilos a mais, dor nas costas de sentar no computador e assistir seriado americano, recolhidos ao seu mundo interior pela frustração e insegurança causados pelo mundo das supermodelos - e dos superescritores, porque não dizer, que a nossa cara overbook fez tanta questão de pertencer - são pobres culpados pela perda de um paraíso perdido, nostálgico para os próprios críticos que os negaram em sua juventude. Galera, cresce. Só porque vocês não conseguem entender não quer dizer que seja neoliberal triunfalista. Chega de princesa e bandido.
Como diz a Xuxa "vamos brincar de índio, mas sem mocinho pra me pegar".
sexta-feira, 18 de julho de 2008
semi-inoperante
Oi, minha gente. Esse blogue ficou inoperante esses dias por causa de uma série de casos desafortunados, a saber:
1) bug da telefônica;
2) problemas ainda não resolvidos com a conexão de Brasília;
3) reforma na casa e conseqüente
4) bug temporário do computador alheio que sim tem internet.
Com os agravantes:
alfa) fim do semestre;
beta) bug do computador próprio;
gama) advento do playstation 2 na minha vida.
Donde entendemos a precariedade deste post.
Enjoada com o cheiro de tinta, com onze filmes piratas esperando na fila para serem assistidos e uma dor nas costas causada pelo posicionamento requerido pelas horas infindáveis na frente do videogueime e, finalmente, com uma LER intensa conhecida como guitar hero (a.k.a. "guitarrero"), encontro um tempinho dessas férias cansativas para escrever este humilde post sobre.... Clarah Overbook. Como o nome já diz, é um fenômeno causado quando a companhia aérea resolve vender o SEU bilhete de passagem e você, alegre consumidor, se dirige serelepemente até o órgão responsável e processa a empresa, quitando finalmente os meses inadimplentes da faculdade. Clarah causa esse mesmo desconforto. Gaúcha, mas incorporando o ritmo blasée indie das ruas paulistanas, ela é a essência e a prova da zrrogância característica daqueles que se auto-denominam """""escritores""""". Acho que já fiz alguns posts sobre isso, esse orgulho estúpido de se chamar "artista", como um concurso de um milhão de candidatos por vaga, ou um chamado divino. Na matéria que ela escreveu pro jornal o Globo da semana passada, xingando veementemente os leitores do seu blogue que, segundo ela, achavam que a conheciam e davam pitaco na vida dela, ela separa gravemente o que escreve no blogue com o que escreve no livro - aí sim, é escritora. Na verdade, ela nasceu pra ser escritora, escreveria em qualquer lugar disponível - que tocante! - e calhou que fosse em um blogue. Mas poderia ser, sei lá, na New Yorker. Quanto aos leitores, quer dizer, muita gente não vai gostar do livro dela e também não vai mandar um email falando mal ou criticando, sei lá. O que eu quero dizer é que blogue é justamente isso: escrever pra pessoas que não são iguais a você, deixar as palavras se perderem livremente num google da vida, ser acessada constantemente por evangélicos que querem namorar (nada contra!).
Escrever pra "artista" é muito fácil também, quer dizer, essa atitude altiva de jogar pérolas para os porcos. É só incorporar esse clima Walter-Benjamin-estava-certo e achar que o presente é uma corruptela do passado e que a arte está sendo ameaçada todos os dias por dois filhos de francisco. Ler segurando um cigarro como se fosse uma grande transgressão, como se nos fizesse pessoas especiais, ímpares, convivendo com o lixo da mídia. Só que se esquece que quem rola no lixo não é bonitinho e nem ouve Chet Baker.
E o Walter Salles fez um filme inspirado nela. Que lindo.
Pode dizer que essa revolta toda é inveja, diz. Pronto. Na verdade, não é. Estou querendo ter um pouco de gosto próprio que me permita diferenciar a qualidade das coisas, para que eu não me pegue lendo lixo, como se fosse coisa de artista. Ler por status é chato e te leva a desistir. Eu não, I will survive for as long as I know how to love I know I'll be alive.
Fim do post precário.
1) bug da telefônica;
2) problemas ainda não resolvidos com a conexão de Brasília;
3) reforma na casa e conseqüente
4) bug temporário do computador alheio que sim tem internet.
Com os agravantes:
alfa) fim do semestre;
beta) bug do computador próprio;
gama) advento do playstation 2 na minha vida.
Donde entendemos a precariedade deste post.
Enjoada com o cheiro de tinta, com onze filmes piratas esperando na fila para serem assistidos e uma dor nas costas causada pelo posicionamento requerido pelas horas infindáveis na frente do videogueime e, finalmente, com uma LER intensa conhecida como guitar hero (a.k.a. "guitarrero"), encontro um tempinho dessas férias cansativas para escrever este humilde post sobre.... Clarah Overbook. Como o nome já diz, é um fenômeno causado quando a companhia aérea resolve vender o SEU bilhete de passagem e você, alegre consumidor, se dirige serelepemente até o órgão responsável e processa a empresa, quitando finalmente os meses inadimplentes da faculdade. Clarah causa esse mesmo desconforto. Gaúcha, mas incorporando o ritmo blasée indie das ruas paulistanas, ela é a essência e a prova da zrrogância característica daqueles que se auto-denominam """""escritores""""". Acho que já fiz alguns posts sobre isso, esse orgulho estúpido de se chamar "artista", como um concurso de um milhão de candidatos por vaga, ou um chamado divino. Na matéria que ela escreveu pro jornal o Globo da semana passada, xingando veementemente os leitores do seu blogue que, segundo ela, achavam que a conheciam e davam pitaco na vida dela, ela separa gravemente o que escreve no blogue com o que escreve no livro - aí sim, é escritora. Na verdade, ela nasceu pra ser escritora, escreveria em qualquer lugar disponível - que tocante! - e calhou que fosse em um blogue. Mas poderia ser, sei lá, na New Yorker. Quanto aos leitores, quer dizer, muita gente não vai gostar do livro dela e também não vai mandar um email falando mal ou criticando, sei lá. O que eu quero dizer é que blogue é justamente isso: escrever pra pessoas que não são iguais a você, deixar as palavras se perderem livremente num google da vida, ser acessada constantemente por evangélicos que querem namorar (nada contra!).
Escrever pra "artista" é muito fácil também, quer dizer, essa atitude altiva de jogar pérolas para os porcos. É só incorporar esse clima Walter-Benjamin-estava-certo e achar que o presente é uma corruptela do passado e que a arte está sendo ameaçada todos os dias por dois filhos de francisco. Ler segurando um cigarro como se fosse uma grande transgressão, como se nos fizesse pessoas especiais, ímpares, convivendo com o lixo da mídia. Só que se esquece que quem rola no lixo não é bonitinho e nem ouve Chet Baker.
E o Walter Salles fez um filme inspirado nela. Que lindo.
Pode dizer que essa revolta toda é inveja, diz. Pronto. Na verdade, não é. Estou querendo ter um pouco de gosto próprio que me permita diferenciar a qualidade das coisas, para que eu não me pegue lendo lixo, como se fosse coisa de artista. Ler por status é chato e te leva a desistir. Eu não, I will survive for as long as I know how to love I know I'll be alive.
Fim do post precário.
Assinar:
Postagens (Atom)