li a entrevista da kate winslet pra rolling stone, da época que ela tinha feito titanic, e foi como quando eu tinha 13 anos e os meus melhores amigos eram esse ou aquele astro do cinema, que eu via religiosamente, sozinha, numa das sessões fantasmas de tarde no extinto cine karim.
(o bolaño tem um conto assim, no llamadas telefónicas, em que o belano roubava livros e entrava nessas salas de cinema-fantasma, de graça, pra ver o que tivesse passando)
a gente acredita em tudo o que essas pessoas dizem, simplesmente porque sim, porque elas não existem de verdade no mesmo universo em que a gente existe. porque é bom fazer delas um personagem pra ir com a gente no cinema, de tarde, quando uma fresta de luz ainda passa entre as portas e faz uma cicatriz na cara do harrison ford.
e a kate winslet tinha 22 anos quando fez o titanic. 22 anos. e eu tô aqui, escrevendo num blogue, depois de tantos anos tentando pintar meu cabelo de acajú púrpura, pra ficar no meio termo entre rose dawson e dana scully.
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sábado, 21 de março de 2009
sábado, 28 de fevereiro de 2009
my heart will go on and on
pra comemorar o oscar da kate - quase chorei - assisti ao clássico dos clássicos, o brega dos bregas, o único e inesquecível...

TITANIC!
o flashback 1998 me fez perceber que sim, superamos muito da breguice original steven spilberg/james cameron, que tudo que existe tinha que ser um épico e todas as musicas parecem a trilha do jurassic park.
ainda assim, a cena inaugural do titanic é breathless - quando a kate sai do carro, com aquele chapéu lindo, aquele cabelo vermelho, reclamando de tudo.

"but inside i was screaming"
a canastrice só aumenta, enquanto rose se mostra uma mulher culta e moderna, inteligente e rebelde, inadaptável àquela sociedade tétrica e superficial. o ponto alto é quando ela leva o madmoseilles de avignon do picasso pra dentro do quarto dela, junto com um van gogh, um monet e mais outros quadros de cartão postal. "mas isso não é arte, minha querida". fantástico.
se sentindo, entao, engolida por esse universo hostil, ameaçada pela violencia do marido machista e inflexível, ela resolve se jogar. do navio.
a rebelde e suicida kate winslet é salva pelo personagem mais insuperável do cinema, já que leonardo di caprio nunca se livrará do encosto de ... jack dawson, um artista incompreendido e dorme-sujo, que devia ser fedorento e ter piolho, mas de repente parece circular muito bem nos meios grã-finos da alta sociedade titaniquense. nunca esqueceremos aquele gel, leo.

as próximas duas horas são óbvias. como diria o puckhin, o leitor me poupará de descrever o final. até porque não existe uma santa alma que nunca tenha visto taitâniqui. o que, sim, precisa ser dito é que o flashback nos mostra claramente a diferença dos padrões de beleza do final do século xx pra hoje:

só olhar pra kate nesse vestido - e que vestido - pra saber que nos anos 90, nós gordinhas tínhamos um lugar ao sol. ninguém morria de anorexia por aí, nem saía se regozijando por ser um manequim 0.
além disso, só nostalgia...

TITANIC!
o flashback 1998 me fez perceber que sim, superamos muito da breguice original steven spilberg/james cameron, que tudo que existe tinha que ser um épico e todas as musicas parecem a trilha do jurassic park.
ainda assim, a cena inaugural do titanic é breathless - quando a kate sai do carro, com aquele chapéu lindo, aquele cabelo vermelho, reclamando de tudo.

"but inside i was screaming"
a canastrice só aumenta, enquanto rose se mostra uma mulher culta e moderna, inteligente e rebelde, inadaptável àquela sociedade tétrica e superficial. o ponto alto é quando ela leva o madmoseilles de avignon do picasso pra dentro do quarto dela, junto com um van gogh, um monet e mais outros quadros de cartão postal. "mas isso não é arte, minha querida". fantástico.
se sentindo, entao, engolida por esse universo hostil, ameaçada pela violencia do marido machista e inflexível, ela resolve se jogar. do navio.
a rebelde e suicida kate winslet é salva pelo personagem mais insuperável do cinema, já que leonardo di caprio nunca se livrará do encosto de ... jack dawson, um artista incompreendido e dorme-sujo, que devia ser fedorento e ter piolho, mas de repente parece circular muito bem nos meios grã-finos da alta sociedade titaniquense. nunca esqueceremos aquele gel, leo.

as próximas duas horas são óbvias. como diria o puckhin, o leitor me poupará de descrever o final. até porque não existe uma santa alma que nunca tenha visto taitâniqui. o que, sim, precisa ser dito é que o flashback nos mostra claramente a diferença dos padrões de beleza do final do século xx pra hoje:

só olhar pra kate nesse vestido - e que vestido - pra saber que nos anos 90, nós gordinhas tínhamos um lugar ao sol. ninguém morria de anorexia por aí, nem saía se regozijando por ser um manequim 0.
além disso, só nostalgia...
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
os marcianos estao chegando
já adiantando que os próximos meses seráo de expectativa, porque se aproxima o talvez mais arbitrário prêmio do cinema mundial, o Oscar 2009, que ainda nem anunciou seus candidatos, mas que, com certeza, contará com presenças inexplicáveis. para o nosso bolão, você pode equacionar as variantes tradicionais: favoritismo, presença no globo de ouro e em cannes, tempo sem ganhar o prêmio, estardalhaço na mídia, moralismo barato, etc etc OU ENTÃO fazer como o nosso campeão atual e equacionar tudo matematicamente, no sentido de prever a aparente imprevisível ordem dos eventos.
quanto a mim, acho que prefiro o globo de ouro. só porque é de tarde, os vestidos são mais bregas, e não tem aqueles discursos americanóides de quanto o cinema é importante porque nos faz sonhar.
e gosto ainda mais deste globo de ouro, porque...
heath ledger não morreu em vão...
... mas pra receber esse discurso inssoso.
e a kate winslet não dá ponto sem nó:
"desculpa pela lista longa, gente, mas eu estou acostumada a NÃO ganhar as coisas..."
"im sorry, angelina!"
e, como notou um internauta perspicaz:
"fuck!"
quanto a mim, acho que prefiro o globo de ouro. só porque é de tarde, os vestidos são mais bregas, e não tem aqueles discursos americanóides de quanto o cinema é importante porque nos faz sonhar.
e gosto ainda mais deste globo de ouro, porque...
heath ledger não morreu em vão...
... mas pra receber esse discurso inssoso.
e a kate winslet não dá ponto sem nó:
"desculpa pela lista longa, gente, mas eu estou acostumada a NÃO ganhar as coisas..."
"im sorry, angelina!"
e, como notou um internauta perspicaz:
"fuck!"
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