sábado, 31 de março de 2007

No dedo, um falso brilhante

Deus colocou o sol bem ali, no alto, bem longe. Por isso é que a luz não chegava mais. Era uma cidade fria, na manhã, quando algumas pessoas se levantavam para. Quantos sapatos se calçavam à meia luz, enquanto ainda os despertadores tocavam, o relógio que mostra quantas horas faltam e quantas horas passaram. O que vem antes e vem depois do relógio: é isso que ele prescreve, te lembrando todos os dias. Como diz um conto que eu li: o relógio é um pedaço de você, ou, na verdade, você é o presente do relógio, o objeto do relógio. Ele existe, é feito do antes e do depois.
Na manhã fria, o relógio não brilha, e ninguém pode dizer com certeza que horas são.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tesão d+.

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