Querido diário.
hoje encontrei comigo na rua, e disse "oi". Aprendi com Borges a não desenvolver assuntos filosóficos comigo mesma. Ele nunca diz, mas eu tenho certeza que o Borges jovem sempre sai meio sentido desses encontros.
Mas, ao contrário de Borges, não pude exatamente saber se aquela era a Vina do passado ou do futuro, porque - todo mundo sabe - eu não envelheço.
Ela me disse: oi, sem energia, quase como um daqueles bocejos que a gente dá sem abrir a boca, ou aqueles "com licença" que os paulistas dizem, a contragosto, no ônibus. Ensaiei um tema, meio que para descobrir mais sobre mim.
- Desistiu de traduzir o Borges?
- Eim?
- Desistiu...
Aparentemente, eu não falava português.
Um comentário:
Habla lo que sea, entonces...
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