Ontem foi o dia de ver Sweeney Todd, novo musical da família Burton, pelo qual Johnny Burton está indicado para o Oscar de melhor ator. E, de fato, é uma boa pedida pra quem quer ver sangue à la Tarantino e o humor negro consagradíssimo do clã gótico.
Minha cena preferida é esta:
Note a parte do casamento. Muitas semelhanças com as animações do pequeno Tim, no começo da sua carreira...
Depois de tudo isso, não preciso dizer que sou fã. E as altas expectativas podem ter muito a ver com a intensa frustração que senti, no final do filme.
SPOILER
Tinzinho tinha duas opções: 1) conjurar o clã para mais um filme; 2) fazer um musical. A esquisita mistura das duas poções levou a um produto inesperado, um híbrido, reponsável por uma qualidade musical péssima e uma atuação brilhante seriamente comprometida. Helena não sabe cantar. Não. Sabe. Ela é uma atriz, e das boas. E Johnny, meu querido pirata latin lover, desoncentra quando precisa cantar, isso é fato.
Entretanto, não é a má qualidade das músicas (nenhuma você ouviria no seu mp3, indo para o colégio), nem a degringolagem da atuação o principal defeito do filme. São os personagens secundários.
Opa! Não me leve a mal, Alan Rickman é um dos melhores atores de Hollywood, ele me dá calafrios! Inclusive, foi responsável por tornar filmes sem brilho como os Harry Potter em coisas interessantes. Lembrem, por exemplo, o excelente trabalho que fez como secundaríssimo em Simplesmente amor, com um par dramaticamente perfeito de Ema Thompson. Fantástico! O que acontece com ele - além do fatídico feito de ser obrigado a cantar - é o subaproveitamento do seu talento artístico. São poucas cenas, pouca exploração do personagem, pouca participação nos diálogos, etc. E isso não acontece só com ele. Todos os (poucos) personagens secundários são terceirizados, se é que você me entende, o que enfraquece horrores a história. Que pena.
E a pergunta que não quer calar é: porque o Borat tem que fazer o papel de todo e qualquer estrangeiro em todos os filmes americanos do mundo?
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