Ainda tentando convencer o suricate de que Vallejo é a maior diversão, taí outra tradução do Trilce.
XVIII
Oh as quatro paredes da cela.
Ah as quatro paredes alvejantes,
que sem remédio dão ao mesmo número.
Criadeiro de nervos, má brecha,
por seus quatro cantos como arranca
as diárias acorrentadas extremidades.
Amorosa chaveira de inumeráveis chaves,
se estivesse aqui, se visse até
que hora são quatro estas paredes.
Contra elas seríamos contigo, os dois,
mais dois que nunca. E se chorasse,
diz, libertadora!
Ah as paredes da cela.
De elas me dói entretanto, mais
as duas largas que têm esta noite
algo de mães que já mortas
levam por platinados declives,
um menino de a mão cada uma.
E sozinho vou ficando,
com a destra, que faz por ambas as mãos,
ao alto, em busca de um terciário braço
que há de pupilar, entre meu onde e meu quando,
esta maioria inválida de homem.
Em breve, todo o meu pulso século XVII, com Góngora.
3 comentários:
vou ler Vallejo, juro. Realmente é interessante e bom.
Aliás, sabe que mudei de blogue, né?
Eu podia falar isso ao vivo, mas já q a gente posta...
www.fumanteentrecavalos.blogspot.com
de novo? afffe!!
ah, que bom que eu te convenci! yesss!
depois me conta o lance c/ o vicente, se rolou etc etc...
esse lembra marília de dirceu, no?
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