quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

outras coisas

eu ia escrever um post todo meloso há dois dias, daqueles que me aproximam vertiginosamente da grande literatura de auto-ajuda. algo parecido com o bom-senso me impediu.

em geral, não estou conseguindo pensar direito no que escrever por aqui, porque estou usando todo o meu impulso criativo pra escrever outras coisas e transformar umas coisas em outras coisas. o importante, acho que vocês bem observaram, são as outras coisas, o objetivo final. porque essas coisas não tão com nada ainda.

o estágio atual das outras coisas é um ponteiro do word piscando. pode parecer estranho para vocês, leitores do blogue, pensar que na verdade eu tenho um problema, uma trava, um desengonçamento originário para escrever. eu também sou muito tímida e tenho dificuldade de fazer amigos -- dado que para algumas pessoas parece Além da imaginação. mas eu tenho mesmo, não sei como funciona. se estou entre pares, posso subir do palco e cantar fagner no karaoke, sem problemas. mas se estou entre pessoas novas, eu pareço uma versão mais gorda da rosinha do chico bento.

enfim. acho que tem um paralelo com a coisa da escrita: aqui no blogue, somos pares; na vida real, eu sou a rosinha. ainda não convenço? pois é, lembram da série angústias acadêmicas 2099? pronto. eu tenho pesadelos com os escritores, uns pesadelos bem reais. na verdade, uns pesadelos reais mesmo, porque dia desses eu tava tomando cerveja com um tal Pedro Machado de Assis Borges, ou seja, dois capítulos da minha dissertação. Só falta eu conhecer algum Edgar Agatha Christie Poe...

e se alguém duvida que eu pareço a rosinha, tô eu aí contando causo.

enfim, a boa notícia é que o angústias acadêmicas se tornou, efetivamente, um ensaio, que é a segunda versão deste ensaio, ou seja, como vocês bem lembrarão, uma coisa que virou outra coisa. se ele resistir e conseguir virar uma terceira coisa, estamos salvos, leitores, estamos salvos...