terça-feira, 22 de março de 2011

meus cinemas que não existem mais

Cine Karim

era 1998, e eu era uma menininha do interior chegando numa cidade grande e assustadora. minha mãe e meu pai me levaram pra assistir um filme no cine Karim, na 310 Sul, uma sala que tinha mais de 800 lugares e a maior tela de cinema do país. fomos ver o filme do momento, Titanic, que tinha 3h -- nas quais segurei a vontade de mijar como uma verdadeira amazona. mas isso não é importante. a partir de então, uma relação especial se formou entre nós, eu e o leonardo... não, entre eu e o karim. assisti vários filmes lá e descobri que, pra que amigos quando você tem uma tela gigantesca de cinema?

alguns anos depois, o karim fechou. assisti o último filme que passou lá, numa sessão diurna, em que a porta empenada deixava uma fresta que formava uma cicatriz de luz no Obi Wan Kenobi.

Belas Artes

dois mil e cinco. eu era uma menininha do interior chegando numa cidade grande e assustadora, sem amigos. descobri que morava do lado de um lugar chamado cine belas artes, que eu iria frequentar assiduamente durante os 7 anos seguintes. não lembro qual foi o primeiro filme que assisti lá, mas sei qual foi o último, "O joelho de Clarice", na quinta-feira passada.

vocês vão me permitir mais esse drama: não sei por que, mas isso que dá a impressão de que agora enfrentar o mundo está um pouquinho mais cruel.

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