quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
a preguiça da metáfora
Hoje eu tinha uma metáfora muito boa para a literatura. A literatura era como um carro, tinha várias marcas.
Não, não era isso. Deixa eu tentar lembrar... O que eu fiz hoje que poderia ter me inspirado? Comprei um fatiador de queijo. A literatura é como trabalho doméstico, nunca acaba e nunca é o suficiente.
Não, não era isso. O que mais eu fiz hoje? Descobri uma praga de ácaros no armário da cozinha. A literatura é como um pesticida, nunca funciona como você espera e deixa o ambiente fedendo. Não. A literatura é como telemarketing, incomoda e nunca diz o que você queria ouvir. Não, podre. Que tal: a literatura é como rinite alérgica, você nunca vai convencer o médico a te dar um remédio que efetivamente funcione.
Não, não era nada disso.
Literatura é como amnésia.
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