quero reiterar a falta de objetivos artísticos deste blogue. eu superei o lirismo, agora é só chinelão. mas em nome dessa sessão nostalgia que envolve este blogue, em comemoração ao resgate dos tais quatro anos que se pensavam perdidos da história bloguística deste país - e só em nome disso. posto aqui o que eu acreditei um dia.
Será que estamos sós? eu penso.
escuto, longe, um longo silvo.
Não sei se de dor ou de medo.
Se é dor ou medo
O sentimento da certeza:
Não, não estamos sozinhos.
Sem poder detê-lo, ele se esconde no colchão.
Não estamos.
Outro ruido forte irrompe e trinca a lua cheia.
Receio que sim, que estamos...
A porta se abre e chora.
Não.
Não pode ser...
20/01/2005
1
O tempo pára em alguns lugares.
Pequenos obstáculos imóveis.
O tempo pára e nos mostra a eternidade,
que abraçamos porque somos únicos.
Onde o tempo pára, não resta mais nada. Apenas respiramos, sobrevivendo.
(Quem desafia o tempo-espaço nunca sobrevive).
Enquanto o tempo pára, eu me sento no cais.
E observo o ir-e-vir de minhas memórias nas redes dos pescadores.
2
Eu me debruço sobre o cais
E penso em tudo
Eu penso em você
E na madrugada aberta
Meu pensamento escorre
Como o óleo dos navios
Sujando o Oceano
14/09/2004
Insônia
Diante de mim
Um copo com água:
Eu transbordo.
Diante de mim
Espelho do fundo da pia
E minha sede.
Diante de mim
Eu embaço
As noites não- dormidas.
A madrugada desce a escada
Distante de mim.
12/11/2001
6 comentários:
um dia eu hei de superar também
mas tô aqui só pro spam:
ô quelzinha você nem pra linkar meu novo acabouproduto.blogspot.com?
putz, foi mal. tá foda organizar esses links...
aliás, você não precisa superar. tem que ter gente que não supera.
Os belos poemas de Raquel Parrina. Bem Poe/Gaiman/Shoyo. =)
ParrinEEEE.
parrinova, para os russos
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