li a entrevista da kate winslet pra rolling stone, da época que ela tinha feito titanic, e foi como quando eu tinha 13 anos e os meus melhores amigos eram esse ou aquele astro do cinema, que eu via religiosamente, sozinha, numa das sessões fantasmas de tarde no extinto cine karim.
(o bolaño tem um conto assim, no llamadas telefónicas, em que o belano roubava livros e entrava nessas salas de cinema-fantasma, de graça, pra ver o que tivesse passando)
a gente acredita em tudo o que essas pessoas dizem, simplesmente porque sim, porque elas não existem de verdade no mesmo universo em que a gente existe. porque é bom fazer delas um personagem pra ir com a gente no cinema, de tarde, quando uma fresta de luz ainda passa entre as portas e faz uma cicatriz na cara do harrison ford.
e a kate winslet tinha 22 anos quando fez o titanic. 22 anos. e eu tô aqui, escrevendo num blogue, depois de tantos anos tentando pintar meu cabelo de acajú púrpura, pra ficar no meio termo entre rose dawson e dana scully.
2 comentários:
ah quel, não pensa nisso não. pensa no que vc já fez de bom, oras! e que muitos ainda não fizeram.
por exemplo, vc conseguiu se formar na letras em quatro anos!
beijo.
O cabelo acaju púrpura deu num ótimo contraste com o vestido verde bordado que ela usou no Oscar daquele ano.
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