quinta-feira, 14 de maio de 2009

joana não transava há um ano, por isso ficava se arrastando pela casa.

um dia eu cheguei e ela estava na janela, soluçando.

chamei o nome dela uma, duas vezes: desisti.

ela não tinha nada novo pra me dizer, por isso ficou lá, aproveitando o vento, observando silenciosamente o movimento na rua.

quando eu fui dormir, ela ainda estava lá.

e quando eu me levantei para ir pro escritório de manhã, ela ainda estava no mesmo lugar.

e quando eu cheguei, a tempo de ver o jornal nacional, não havia se movido.

foi aí que eu pensei, chega, e perguntei bem alto pra ter certeza de ela ouvir: - vai ficar aí plantada pra sempre?

e ela respondeu.

vou.

2 comentários:

Marcelo Pierotti disse...

Bão, não, bão.


E agora que você disse... Eu acharia Ilion mais legal se fosse um robô gigante e não aquele monte de troiano plantado numa cidadezinha.

vina apsara disse...

pode crer...

a gente sempre pode escrever as aventuras de ilion, o robo.