joana não transava há um ano, por isso ficava se arrastando pela casa.
um dia eu cheguei e ela estava na janela, soluçando.
chamei o nome dela uma, duas vezes: desisti.
ela não tinha nada novo pra me dizer, por isso ficou lá, aproveitando o vento, observando silenciosamente o movimento na rua.
quando eu fui dormir, ela ainda estava lá.
e quando eu me levantei para ir pro escritório de manhã, ela ainda estava no mesmo lugar.
e quando eu cheguei, a tempo de ver o jornal nacional, não havia se movido.
foi aí que eu pensei, chega, e perguntei bem alto pra ter certeza de ela ouvir: - vai ficar aí plantada pra sempre?
e ela respondeu.
vou.
2 comentários:
Bão, não, bão.
E agora que você disse... Eu acharia Ilion mais legal se fosse um robô gigante e não aquele monte de troiano plantado numa cidadezinha.
pode crer...
a gente sempre pode escrever as aventuras de ilion, o robo.
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