domingo, 4 de outubro de 2009

sábado à noite: conspiração

donde prosseguem os sucessos da noite anterior.

o que pouca gente sabe é que amor é um sentimento essencialmente individual. ele se manifesta, com todo o seu orgulho, com uma independência flamejante do resto do mundo, sob pena deste mesmo mundo, que assiste, com certo regozijo, ao estrago que ele faz.

e, no entanto, todos amamos, apesar do contrato com a humilhação.

amar é uma bomba relógio.

e, se pensarmos bem, assim é também a vida -- isso eu explicava para a Liane, horas antes do fim da noite de sábado, o fim da história do post, a conclusão final da epopeia. ela me dizia da auto-flagelação que era fazer uma tatuagem, inscrever algo no corpo que nao se pode tirar, no quanto é limitadora a experiencia. e eu dizia, já com uns litros de cerveja, ora, mas isso é a vida: marcas permanentes. o que é limitador é não fazê-las pela própria vontade e, enfim, toda outra sorte de ensinamentos de vida que só as 4 da manhã de sábado pode trazer para você.

voltamos para casa em seguida e dormimos. a manhã chegou e uma porta finalmente estava fechada e eu percebi, para o meu alívio, que meu problema era coração partido.