segunda-feira, 5 de março de 2012

saga

Esta história deveria ser uma saga em 7 volumes, tipo O tempo e o vento. Mas, como a autora sou eu, e eu sou incapaz de escrever mais de algumas linhas antes de arrematar a história com um final inusitado e um pouco apressado, este vai ser mais um daqueles posts curtos.


Eu sou de uma família só de mulheres. Mesmo que não fosse, os homens pareceriam pequenos na frente dessas mulheres que decidem o fim e o começo do mundo. Que decidem o que está certo e o que está errado. Que reunem todas as histórias do universo, nada escapa delas, como um narrador onisciente. Os homens só aparecem, no fundo do plano, põem comida na mesa e saem de foco.


Se você é um hóspede, ou uma visita -- como você é agora, aqui, neste blogue -- não se atreva a ajudar. As mulheres da minha família detestam quando as pessoas se sentem à vontade no universo delas. Não lave a louça, não se levante. Deixe que elas rejam o universo. Qualquer atitude ao contrário vai desafiar a soberania delas, vai deslegitimar o poder absoluto que elas têm sobre todas as coisas.


Outra coisa: você não vai poder ir embora. É como Hotel California. Se você não virar um zumbi, ou mais um homem fora de foco, vai ter sido atado, mãos e pés. Pescoço, cabelo, olhos, joelhos...


Coração.

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