quarta-feira, 9 de maio de 2007

ana cristina cesar

Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos

(em Contagem regressiva - Inéditos e Dispersos)

7 comentários:

Bárbara Soares disse...

A-D-O-R-E-I- exatamente conforme eu penso. Não podemos esquecer os amores passados, deverão ser devidamente arquivados em nossa memória. Mas em contrapartida, sempre um novo amor há de aparecer e nos remeter novamente a vaga idéia dos amores antigos, talvez com pequenas comparações ou até mesmo com conclusões, e assim seguiremos amando hoje, descobrindo algo novo amanhã e decepcionando talvez, no dia posterior.

catu disse...

linda.s

Anônimo disse...

memória/esquecimento
taí um binômio.

Anônimo disse...

que lindo!
=*

Anônimo disse...

uau!

W

Anônimo disse...

é isso mesmo, né?

... thanks!
;*

Anônimo disse...

lindo! exatamente isso que sentia quando escrevi o post...


uma catarata de beijos
=*********************