Acreditei que se amasse de novo
esqueceria outros
pelo menos três ou quatro rostos que amei
Num delírio de arquivística
organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa
no entanto flanco aberto não esqueço
e amo em ti os outros rostos
(em Contagem regressiva - Inéditos e Dispersos)
7 comentários:
A-D-O-R-E-I- exatamente conforme eu penso. Não podemos esquecer os amores passados, deverão ser devidamente arquivados em nossa memória. Mas em contrapartida, sempre um novo amor há de aparecer e nos remeter novamente a vaga idéia dos amores antigos, talvez com pequenas comparações ou até mesmo com conclusões, e assim seguiremos amando hoje, descobrindo algo novo amanhã e decepcionando talvez, no dia posterior.
linda.s
memória/esquecimento
taí um binômio.
que lindo!
=*
uau!
W
é isso mesmo, né?
... thanks!
;*
lindo! exatamente isso que sentia quando escrevi o post...
uma catarata de beijos
=*********************
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