terça-feira, 20 de abril de 2010

aliás, eu me sinto meio ridícula, quando gosto de tudo o que uma pessoa escreve.

era como se ela pudesse me mandar pular de um precipício, e eu cairia com uma alegria exaltante.

como se eu amasse alguém que não existe.

como se eu dissesse sim a tudo o que meu cônjuge quisesse.

como se eu fosse traída com alegria.

como se eu entrasse num beco escuro, sabendo que alguém me esperaria lá com uma faca.

(lembro do fim do sur do borges e fico pensando na quantidade de literatura que termina com morte).

4 comentários:

Mateo disse...

Por suerte Borges también escribió muchos poemas aburridísimos. No hay peligro ahí.

Bruno de Abreu disse...

é, pensando agora, acho que ridículo é a palavra certa. é um sentimento bom e "humilhante" por ser limitado, um amor limitado: a gente adora, mas o sentimento recíproco - do escritor, músico, artista etc - muitas vezes é impossível.

primeira vez aqui. hehe

vina apsara disse...

bem-vindo, bruno! voce chegou bem na hora, depois do quase suicídio do blogue.

mateo: dale. a mí no me gustan sus poemas. tuve una asignatura dedicada casi completamente a ellos. quizas el peligro ahí sea el sueño.

vina apsara disse...

ah, aliás, é por isso que blogue chama intimidade impossível! =D